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quinta-feira, 10 de junho de 2010

mãe e filho

Dói-me lembrar-te, Mãe,cansada e desvalida
Triste,vendo meu pai morrendo na bigorna,
Teu coração ferido,em lágrimas se entorna,
Mas queres sustentar me o pão,a escola a vida.

Lavadeira a servir suando em noite morna,
Desmaiaste no chão da choça hoje esquecida,
E ao lembrar-te a brusca e ansiosa despedida
A dor se me refaz na angustia que retorna.

Chorei,sofri,cresci...Fui rico joalheiro,
Doente,enlouqueci atrelado ao dinheiro,
Mendigo,achei a morte,falando-me em diamantes...

Agora, eis-me pedir teus braços de amor puro,
Sei,porém,que é preciso esperar o futuro,
quero ser teu menino pobre como dantes!...

Júlio Monteiro
(soneto recebido pelo médium Francisco Cândido xavier,em 
culto do Evangelho no lar, em sua residência, na noite de 11 de fevereiro de 1994,
em Uberaba,Minas)

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